“O fenótipo é a manifestação externa e visível do genótipo oculto”
Trazida de sua origem, na Índia, a raça Gir tem chamado a atenção por sua distinção entre as demais raças zebuínas (Bos Taurus indicus).
A proposta de uma seleção artificial condenando o padrão de pureza de origem levantou aqueles que desejam preservá-la em sua essência a futuras gerações. Aqui vai mais uma contribuição do Blog WWW.girpontocom.blogspot.com a essa discussão.
Fenótipo é aquilo que é influenciado por genes. Ou seja, na prática, tudo o que diz respeito a um corpo. Mas há uma sutileza de ênfase, decorrente da etimologia da palavra. “Phaino” é palavra grega que significa “mostrar”, “trazer à luz”, “evidenciar”, “exibir”, “descobrir”, “revelar”, “manifestar”. O fenótipo é a manifestação externa e visível do genótipo oculto. O Oxford English Dictionary define genótipo como “o total das características observáveis de um indivíduo, visto como a conseqüência da interação de seu genótipo com o seu meio”, mas antes desta definição apresenta outra, mais sutil: “um tipo de organismo distinguível de outros por características observáveis”. (Dawkins, p. 230).
Em evolução torna-se inaceitável a ideia de uma raça advir de uma criação unilateral, e sim, dos cruzamentos entre os espécimes, o que nega inclusive o conceito de raça pura. “O que importa no sentido darwiniano é que diferenças entre os genes se traduzem em diferenças entre fenótipos. A seleção natural só quer saber de diferenças. E, de modo análogo, são as diferenças que interessam aos geneticistas”.
Lembremos a definição mais “sutil” de fenótipo dada pelo Oxford English Dictionary: “um tipo de organismo distinguível de outros por características observáveis”. A palavra chave é “distinguível”. (Dawkins, p.233).
Os cientistas quando começaram a estudar a vida, o fizeram pelo seu aspecto mais evidente, os organismos. Eventualmente descobriu os genes, aos quais atribuíram o papel de ajudar o corpo no processo de reprodução. Certo? Não! Errado. Os genes criam o corpo para ajudá-lo no processo de reprodução. A importância do indivíduo, reconhecida pelos geneticistas, é apenas como veículo da sobrevivência de genes, que são definidos como cada uma das partículas cromossômicas, mais ou menos independentes entre si, que encerram os caracteres hereditários.
Luiz Humberto Carrião
O objetivo é mostrar que as características visuais de um animal (fenótipo) são essenciais quando se reporta a questão da "pureza de origem".
ResponderExcluirE que o Brasil essas características da raça gir foram catalogadas quando da chega da raça no país, e que, como tal não podem ser desprezadas quando do registro genealógico de um animal.
Por isso, antes tarde do que nunca, temos que parabenizar o SRG/MAPA/ABCZ pela exigência do fenótipo gir. Uma única raça (Gir) não pode ter dois padrões raciais. Um de pureza de origem e outro objetivando a produção. Que essa última entre como variedade da raça Gir, como é o caso do mocho. É o fonótipo que distingue uma raça da outra. Quem diz isso é a genética. E isso não está sendo respeitado no Brasil. (Comentários de Luiz Humberto Carrião ao Grupo: "Giristas de Carteirinha".