Dia da Justiça. E daí?
Hoje comemora-se o dia da Justiça. Ou melhor, dia do Judiciário, já que é feriado.
Justiça é mais do que apenas uma palavra que representa um sentimento, um verbo de ação, uma verdade a ser perseguida. Justiça é igualdade, mesmo com os desiguais, Justiça é sinônimo de paz social.
Por óbvio, não vamos adentrar aqui a ideia de Justiça dentro do Judiciário, ou seja, na pauta das ações individuais que tramitam pelo país ou ainda dentro da ótica de decisões que prejudicam milhares de brasileiros com uma única assinatura digital…
Quero abordar outro viés.
Quem é a pessoa indispensável para a administração da Justiça?
Diz a Constituição Federal que esta é atribuição única, exclusiva do advogado. Está lá, pode procurar, artigo 133. Se duvida, leia aqui.
Agora, qual é atribuição única do advogado? Resposta: Administrar a Justiça.
Interessante isto, não?
O advogado deve ser o elo, elemento para administrar a Justiça.
E que Justiça ele deve administrar?
Atualmente? Papel, prazos somente de advogados, filas intermináveis, processos que duram décadas.
Futuro? Processo eletronico, certificação digital, prazos que são automáticos, etc.
Onde está o advogado neste contexto?
Hoje? No meio da transição entre o físico e o virtual, recebendo ordens do Judiciário de como deve se portar, vestir, perticionar e fazer a justiça.
Futuro? Um mero elemento de transição entre o cidadão e o Judiciário.
Seria esta uma visão pessimista?
Pode ser. Mas, bastante realista.
Se a advocacia quer ser indispensável a administração da Justiça, terá que fazer mais do que peticionar e comprar equipamentos para o processo eletronico. Terá que se unir, combater normas arcaicas e do tempo dos Coronéis.
Terá que realmente ser mais do que ter.
Ser mais forte;
Ser mais combativa;
Ser mais unida;
E bem menos,
Ter visão apenas do hoje, precisa ter contexto;
Ter achismo de pensar apenas em si, a coletividade importa;
Ter conhecimento específico, precisamos de especificidade e ao mesmo tempo visão global;
Pois é…
Dia da Justiça. Mas, também dia do advogado pensar em administrar a Justiça, eficientemente falando.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
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